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O USO DO BRINQUEDO COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Utilizando
o brinquedo a criança consegue
externar suas emoções, construindo um mundo a seu
modo e, dessa forma, questiona o universo dos adultos. Por nascerem em um meio
pautado por regras sociais o seu eu busca adaptar-se a essas normas. Na brincadeira
ocorre o processo onde as normas que se encaixam em seu mundo. Não é uma
tentativa de fuga da realidade, mas, sim, uma busca por conhecê-la cada vez
mais. No brincar, a criança constrói e recria um mundo onde seu espaço esteja
garantido, compensando as pressões sofridas no cotidiano através da sua
capacidade de imaginar, de criar e de aprender.
O brinquedo fornece uma situação de
transição entre a ação da criança com objetos concretos e as suas ações com
significados. Fator importante, como já discutido anteriormente, para o desenvolvimento
da criança. Essa separação do significado do objeto se dá de maneira
espontânea: a criança não percebe que atingiu esse desenvolvimento mental.
Dessa forma, por meio do brinquedo, a criança começa a compreender. Conforme
Vygotsky (1998):
É no brinquedo que a
criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual
externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não dos incentivos
fornecidos pelos objetos externos. , (p. 126).
O brinquedo cria uma zona de
desenvolvimento proximal na criança. Oliveira (1995) esclarece que essa zona de
desenvolvimento proximal é um domínio psicológico em constante transformação,
refere-se ao caminho de amadurecimento de suas funções, ou seja, ações que,
hoje, a criança desempenha com a ajuda de alguém conseguirá, amanhã, fazer
sozinha. Durante o brincar, ela se solta e se permite mais, vai além do
comportamento habitual para sua idade e de suas atitudes diárias. Ela se torna
maior do que realmente é na realidade. Assim, o brincar vai despertar aprendizagens
que se desenvolverão e se tornarão parte das funções psicológicas consolidadas
do indivíduo. Vygotsky (1998, p. 137) afirma:
A essência do
brinquedo é a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o
campo da percepção visual, ou seja, entre situações no pensamento e situações reais”.
Essas relações irão permear toda a atividade lúdica da criança. Será também
importante indicador do desenvolvimento da mesma, influenciando sua maneira de
encarar o mundo e suas ações futuras. (1998, p. 137)
“As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo,
aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real
e moralidade” (Vygotsky, 1998, p. 137).
No processo da educação infantil o
papel do professor é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços,
disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da
construção do conhecimento. A desvalorização do movimento natural e espontâneo
da criança em favor do conhecimento estruturado e formalizado ignora as
dimensões educativas da brincadeira e do jogo como forma rica e poderosa de
estimular a atividade construtiva da criança. É urgente e necessário que o
professor procure ampliar cada vez mais as vivências da criança com o ambiente
físico, com brinquedos, brincadeiras e com outras crianças.
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